No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,38%, cotada a R$ 5,7043. Já o principal índice da bolsa de valores encerrou em alta de 0,23%, aos 127.601 pontos. Dólar
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O dólar opera em leve baixa nesta sexta-feira (21), com investidores de olho em novos dados da economia dos Estados Unidos, com destaque para a percepção dos empresários sobre a indústria e os serviços e o grau confiança dos consumidores na atividade do país.
Além dos números nos EUA, o mercado reage positivamente, também, às expectativas de novos estímulos econômicos na China.
Por ser a segunda maior economia do mundo, a China é um dos principais parceiros comerciais de diversos países (inclusive o Brasil). Assim, quando há um maior incentivo para que a atividade econômica chinesa cresça, as empresas e países que exportam para lá também se beneficiam.
A China também voltou a falar sobre as tarifas dos EUA impostas às importações vindas do país asiático e sinalizou uma busca por diálogos.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em baixa.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Em meio a decretos de Trump elevando tarifas, veja principais itens do comércio entre Brasil e EUA e as tarifas cobradas
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
Dólar
Às 11h, o dólar caía 0,01%, cotado a R$ 5,7041. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,38%%, cotada a R$ 5,7043.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,15% na semana;
recuo de 2,28% no mês; e
perdas de 7,69% no ano.
a
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,22%, aos 127.320 pontos.
Na véspera, o índice teve alta de 0,23%, aos 127.601 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,48% na semana;
ganho de 1,17% no mês;
alta de 6,09% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Mais tarde, os EUA divulgam o resultado preliminar do PMI Industrial e o PMI de Serviços referentes ao mês de fevereiro. Esse indicador é calculado com base na percepção de gerentes de compras de empresas da indústria e serviços e mostra qual a visão geral dos setores para a economia nos próximos meses.
Investidores também repercutem sobre os possíveis novos estímulos do governo chinês.
O banco central da China prometeu nesta quinta-feira (20) que proporcionaria forte apoio financeiro para o desenvolvimento saudável da economia privada e o crescimento das empresas privadas no país.
Além disso, o mercado também segue monitorando a relação entre EUA e China após os governos dos dois países sinalizarem um possível acordo comercial que evitaria a guerra de tarifas.
Nesta sexta, o vice-primeiro-ministro chinês disse que China e EUA “tiveram uma troca de opiniões profunda sobre questões importantes nas relações econômicas” entre os países e que ambos os lados reconheceram a importância das relações comerciais entre os dois e concordaram em manter a comunicação sobre questões de preocupação mútua.
Isso vem logo depois do presidente norte-americano, Donald Trump, afirmar que pretende anunciar mais tarifas “no próximo mês ou antes”, mas destacando as possibilidade de negociações com a China. O presidente americano disse que tem uma boa relação com Xi Jinping e que o presidente chinês deve viajar aos EUA.
Essas declarações sugerem que as ameaças tarifárias feitas por Trump desde o início de seu mandato são mais uma tática de negociação do que um plano concreto
Isso traz certo alívio quanto aos impactos das tarifas na inflação dos EUA e faz o dólar perder força. Esse movimento representa uma correção após as altas recentes da moeda americana, que ocorreram por conta dos temores de mudanças nos acordos geopolíticos e comerciais.
As últimas tarifas anunciadas por Trump à China, de 10% sobre produtos importados, continuam em vigor. Outras medidas foram suspensas ou ainda estão distantes da data de ativação, o que abre espaço para negociações.
Enquanto as negociações se desenrolam, o mercado segue atento ao Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, que divulgou a ata de sua última reunião. Na ocasião, o comitê manteve a taxa básica de juros do país inalterada, entre 4,25% e 4,50% ao ano.
O documento indicou que as propostas de Trump nos primeiros dias de governo já trouxeram preocupações sobre uma possível alta da inflação, com empresas dizendo ao Fed que esperam aumentar os preços para repassar aos consumidores os custos das tarifas de importação.
“Em particular, os participantes citaram os possíveis efeitos de potenciais mudanças na política comercial e de imigração, a possibilidade de que os acontecimentos geopolíticos perturbem as cadeias de suprimentos ou gastos das famílias mais fortes do que o esperado”, diz a ata.
Os dirigentes do Fed também destacaram que alguns indicadores de expectativas de inflação, uma das maiores preocupações da instituição, “haviam aumentado recentemente”, reforçando a ideia de que será necessário manter os juros elevados por mais tempo.
A inflação anual nos EUA atingiu 3,0% em janeiro, enquanto a meta do Fed é de 2,0%, os preços continuam sendo pressionados por um mercado de trabalho resiliente, com baixa taxa de desemprego, e a economia aquecida — o que gera maior demanda por bens e serviços e gera inflação.
*Com informações das agências de notícias Reuters e AFP
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