Até 9.000 funcionários da Chevron perderão seus empregos enquanto a gigante do petróleo reduz de 15% a 20% de sua força de trabalho global, disse a empresa na quarta-feira (12).
As demissões começarão este ano e continuarão até 2026, afirmou o vice-presidente da Chevron, Mark Nelson, em um comunicado enviado por email.
Os cortes fazem parte de uma iniciativa que a empresa revelou em dezembro para reduzir bilhões em despesas, cortando custos operacionais e reduzindo gastos de capital. A Chevron quer simplificar sua estrutura organizacional e melhorar a eficiência, disse Nelson.
“Não tomamos essas decisões com facilidade e apoiaremos nossos funcionários durante a transição”, disse Nelson. “Mas a liderança responsável exige tomar essas medidas para melhorar a competitividade de longo prazo da nossa empresa.”
As ações da empresa caíram mais de 1,5% na quarta-feira (12).
A Chevron, a segunda maior produtora de petróleo dos Estados Unidos, disse no mês passado que seu negócio de combustíveis no quarto trimestre teve prejuízo pela primeira vez desde 2020.
Isso está alinhado com as tendências da indústria. A ExxonMobil, a maior produtora de petróleo do país, e a Chevron viram seus lucros anuais diminuírem em 2024.
Embora a Chevron tenha registrado produção recorde de petróleo no ano passado, as margens de lucro caíram no negócio de refino, disseram executivos ao discutir os resultados do quarto trimestre com analistas.
A companhia tem reduzido sua força de trabalho de forma constante na última década, à medida que as empresas de petróleo encontraram maneiras de melhorar a eficiência.
A Chevron tinha cerca de 46 mil trabalhadores no final de 2023, em comparação com cerca de 65 mil uma década atrás, de acordo com documentos apresentados à Comissão de Valores Mobiliários.
A diretora financeira Eimear Bonner disse a analistas de Wall Street que a Chevron quer aproveitar robótica, drones, inteligência artificial e outras tecnologias para “fazer o trabalho de maneira completamente diferente” e reduzir despesas.