Estados aceitam perda na arrecadação de ICMS para não elevar demais preço dos combustíveis, diz Comsefaz

Estados aceitam perda na arrecadação de ICMS para não elevar demais preço dos combustíveis, diz Comsefaz


Segundo o vice do Comitê Nacional de Secretários de Estado da Fazenda, Luis Pereira, estados têm consciência do impacto na alta do diesel e da gasolina na economia. No início do mês, os estados aumentaram o ICMS sobre a gasolina e o óleo diesel para recompor as perdas de arrecadação em 2024
João Pedro/Procon-AM
O vice-presidente do Comitê Nacional de Secretários de Estado da Fazenda (Comsefaz), Luis Fernando Pereira da Silva, afirmou nesta terça-feira (11) que os estados aceitam perda na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para não onerar e elevar demais o preço dos combustíveis.
“A gente admite alguma perda, justamente porque também temos a sensibilidade do impacto que isso traz para a economia do país. Quando a gente se reúne aqui para discutir, tem o cálculo que os técnicos fazem e tem a conta política também, que os estados fazem”, declarou Pereira da Silva.
No último dia 1º, os estados aumentaram o ICMS sobre a gasolina e o óleo diesel para recompor as perdas de arrecadação em 2024. O imposto sobre a gasolina aumentou R$ 0,10 por litro e o sobre o diesel R$ 0,06 por litro.
Com alta do ICMS, gasolina e diesel ficam mais caros
O ICMS tem sido reajustado apenas uma vez por ano, levando em consideração a alta acumulada no preço dos combustíveis no ano anterior e a perda de arrecadação dos estados ao deixar de reajustar com mais frequência.
“A gente sabe que tem que ter um cuidado com isso para que a gente não antecipe o que ainda vai acontecer, a gente apenas busca corrigir admitindo que vai manter alguma defasagem”, continuou Silva.
No dia em que o imposto foi reajustado, olhando para o movimento do preço dos combustíveis em 2024, a Petrobras também aumento o valor do diesel vendido em suas refinarias para R$ 0,22 por litro.
Isso implica perda de arrecadação para os estados, uma vez que o ICMS é cobrado sobre o valor do combustível comercializado.
“Esperamos 12 meses enquanto todos os outros produtos são reajustados constantemente para ter apenas um aumento durante o ano”, afirmou o novo presidente do Comsefaz, Flávio César de Oliveira, eleito na última semana.
Diesel e inflação
O aumento de R$ 0,22 por litro no diesel anunciado pela Petrobras deve ter impacto de 2,5% no segmento de transporte rodoviário de cargas, com reflexos nos produtos que chegam aos supermercados, farmácias e lojas pelo país.
Mais da metade da carga transportada no Brasil circula pelas rodovias. Ou seja, o país depende do transporte rodoviário para abastecer a população com alimentos, remédios e outros produtos.
Como consequência, todos esses itens são afetados por eventuais aumentos no preço do óleo diesel – combustível usado pelos caminhões, e que representa cerca de 35% do valor do frete.

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